Fumante e anti-herói! Conheça o brasileiro que busca recuperar o protagonismo no UFC

O lutador de MMA brasileiro Carlos Prates se destaca no UFC como um anti-herói, conquistando fãs por sua autenticidade e por não esconder hábitos como fumar. Apesar de ter sofrido sua primeira derrota na organização, sua sequência de nocautes o levou ao Top 15 do ranking dos meio-médios. Agora, Prates tem a chance de se recuperar no UFC 319, em uma luta crucial contra Geoff Neal.
Carlos Prates encara Geoff Neal no UFC 319 - Louis Grasse/PxImages

Principais Nocautes de Carlos Prates

Prates, o Malandro do UFC, Volta com Fome de Vitória

O mundo da luta tem um novo astro, mas ele não segue a cartilha. Carlos Prates é o malandro de Taubaté que chegou no UFC chutando a porta, sem esconder que curte um cigarrinho e uma gelada. A galera se amarrou, porque ele é de verdade. Prates não tenta ser o “mocinho”, e é justamente por isso que ele se tornou um herói. O cara chegou, nocauteou geral, e de repente, já estava no Top 15 da categoria.

Fumante e anti-herói! Conheça o brasileiro que busca recuperar o protagonismo no UFC

Originado nas obras literárias, o termo anti-herói é utilizado para denominar aqueles personagens que não possuem as virtudes tradicionalmente atribuídas aos ‘mocinhos’ das histórias. Apesar de praticarem atos moralmente questionáveis, eles conquistam a aprovação do público pelo carisma ou trajetória. No mundo dos esportes, e especialmente no MMA, muitos atletas se encaixam nesse perfil. Talvez o mais genuíno de todos, pelo menos nos últimos tempos, seja o brasileiro Carlos Prates, que entra em ação neste sábado, 16 de agosto, no card do UFC 319 em Chicago, EUA, com a missão de retomar sua caminhada rumo ao protagonismo na organização.

O anti-herói do MMA: Carlos Prates

Nascido em Taubaté, SP, há 31 anos, Carlos Prates faz parte de uma nova onda de lutadores que prometem assumir um papel de destaque no MMA brasileiro. No entanto, o representante das equipes ‘VTT’ e ‘Fighting Nerds’ não segue exatamente a mesma cartilha de seus pares. A começar pelo fato de expor publicamente seu hábito de fumar cigarros, uma prática bastante recriminada, principalmente quando envolve atletas de alto nível.

E não para por aí. O lutador brasileiro também nunca fez questão de esconder seu gosto por festas com amigos e familiares, mostrando abertamente o consumo de bebidas alcoólicas e, claro, o já tradicional cigarro. Contudo, mesmo diante de alguns ‘olhares tortos’, o meio-médio (77 kg) do UFC recebe poucas críticas em comparação com outros atletas que tiveram hábitos semelhantes expostos publicamente.

O segredo, talvez, esteja na naturalidade com que o próprio Carlos trata esses assuntos, sem tentar escondê-los dos fãs e da mídia especializada. Pelo contrário. Recentemente, às vésperas de sua participação no card do UFC 319, o brasileiro creditou o hábito de fumar como um de seus ‘parceiros’ no desgastante corte de peso pelo qual todos os lutadores passam. Uma declaração como essa, vinda de qualquer outro atleta de alto nível, poderia ser recebida de forma negativa, mas as mesmas palavras saindo da boca de Carlos Prates parecem apenas contribuir para sua consolidação como um autêntico anti-herói do MMA.

Sucesso no octógono e ascensão no ranking

Outro fator que, certamente, auxilia na consolidação do paulista como um dos expoentes da nova geração de lutadores de MMA do Brasil é o seu sucesso esportivo. Contratado pelo UFC há menos de dois anos, Prates já desponta como um dos principais nomes da divisão dos meio-médios da organização.

Em seus primeiros compromissos no octógono mais famoso do mundo, o lutador engatou uma sequência de quatro nocautes, retrospecto que o levou ao top 15 do ranking meio-médio do Ultimate. Com uma trocação afiada e mãos pesadas, Carlos Prates tem provado dentro do cage que pertence à elite da divisão. Além dos resultados esportivos, seu carisma e estilo despojado também ajudaram a construir uma fiel base de fãs, apesar do curto período sob os holofotes do maior evento de MMA do planeta.


O caminho para o protagonismo e a busca por recuperação

O impacto causado pelo início avassalador na organização foi tão grande que o meio-médio ganhou a oportunidade de liderar dois cards ‘Fight Night’ do UFC consecutivamente, um feito incomum para um atleta considerado novato na liga. No último compromisso, no entanto, Carlos Prates sofreu seu primeiro revés na entidade, ao ser derrotado pelo irlandês Ian Machado Garry na luta principal do UFC Kansas City, em abril deste ano.

Mesmo assim, o striker brasileiro parece ter mantido o prestígio dentro da organização. A prova disso é sua escalação para o card principal do UFC 319, neste sábado, em Chicago. No evento, liderado pela disputa entre Dricus du Plessis e Khamzat Chimaev pelo cinturão peso-médio (84 kg), Carlos Prates terá a oportunidade de se recuperar e voltar ao caminho das vitórias. O desafio será contra o experiente lutador americano Geoff Neal, 11º colocado no ranking dos meio-médios, uma posição acima do paulista.

Picture of Artigo publicado por: Carlos David Rocha de Souza

Artigo publicado por: Carlos David Rocha de Souza

Professor e Head Coach do Projeto de Jiu-Jitsu do IFMT
Faixa Preta 2º Grau de BJJ
Registro CBJJ/IBJJF 94934